A pré história Brasileira ainda é muito desvalorizada nas salas de aula. Embora tenha crescido o interesse pelo tema nos últimos anos, a pré história brasileira ainda está abaixo dos demais períodos históricos do país, também em conta do baixo investimento em arqueologia que o Brasil faz. Porém, isso não faz desse tema um tema menos importante. No Brasil, há provas para verdadeiros "enigmas" na Pré História. Um deles é Luzia, fóssil de humano negroide que desmente a hegemonia mongoloide dos ameríndios e e põe em xeque a teoria de Clóvis, afora as pesquisas arqueológicas de Niede Guidon, que também questionam a teoria do Estreito de Bering.
Leia mais nesse texto sobre a Pré História brasileira, desde Luzia até os Sambaquis.
Dentro dos estudos arqueológicos desenvolvidos na América, o Brasil concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos. Entre os estados que apresentam antigos vestígios da presença humana podemos destacar primeiramente os estados do Piauí, Minas Gerais e as regiões litorâneas do Centro-sul do país.
Em São Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niède Guidon notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentarem-se.
Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das Américas. Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de 11.500 anos. Pesquisas desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação do continente. Os traços negróides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente.
Próxima das regiões de rio e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré-históricos. Nestes lugares, montes de conchas e esqueletos de peixe conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca. Também conhecidos como povos sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado em Vale do Ribeira (SP).
Nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos. Os chamados “cemitérios dos índios” são, na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro. Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente da dos sambaquis.
Ainda na região amazônica, temos relato sobre um outro conjunto de povos pré-históricos. Designados como integrantes da civilização marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais. Dotados de uma arte ceramista ricamente detalhada, os marajoaras faz parte dos mais complexos grupos humanos que viveram em terras brasileiras.
Com o passar dos anos, as civilizações ameríndias foram desenvolvendo-se em território nacional. Espalhados em diferentes tribos, os índios brasileiros integraram uma parte mais recente da História das populações nativas do Brasil. A partir do século XV, a chegada dos europeus transformou radicalmente a situação dos índios. A intolerância religiosa e cultural, a violência e as epidemias foram responsáveis pela dizimação dos povos indígenas no país.
Fonte: Brasil Escola
3 comentários:
O Brasil, de fato, precisa despertar mais o interesse pela sua história primitiva. O grande erro é pensar que a nossa história começa com a chegada dos europeus, mas há muita coisa que antecede esse episódio. Os estudos historiográficos tendem sempre a relatar a história ligada à política e à economia do país, que são assuntos relativamente atuais, enquanto também se faz necessário aprofundar as pesquisas arqueológicas e desvendar mais riquezas científicas escondidas no passado. Abraço caro Rafael.
Com Certeza Josimar. Talvez, o investimento financeiro elevado e a falta de interesse da população pelo tema sejam relevantes para o não aprofundamento da pré história e da história vista de baixo do brasil. Forte abraço!
Com Certeza Josimar. Talvez, o investimento financeiro elevado e a falta de interesse da população pelo tema sejam relevantes para o não aprofundamento da pré história e da história vista de baixo do brasil. Forte abraço!
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