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9 de dez. de 2011

E o mundo chora por John Lennon...

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Morre John Lenon


John Winston Ono Lennon, um dos maiores ícones culturais do século XX, foi assassinado quando voltava para o seu apartamento, no edificío Dakota, em Nova Iorque. Testemunhas no local viram John Lennon e sua mulher Yoko Ono, descerem de um táxi e serem imediatamente abordados por Mark Chapman, de 25 anos, um desequilibrado fã dos Beatles e de Lennon. “Senhor Lennon?” disse Chapman antes de atirar contra o músico com seu revólver calíbre 38 e permanecer no local abraçado a um exemplar do livro “O Apanhador no Campo de Centeio”. A polícia chegou poucos minutos após o disparo, mas pouco pôde fazer: aos 40 anos, John Lennon morreu na viatura policial, a caminho do hospital, deixando dois filhos, uma esposa e milhares de fãs inconsolados. 

A notícia da morte do cantor e compositor mais popular do mundo, homem que defendeu sempre a paz, criador das mais ternas melodias e letras, levou milhares de nova iorquinos à porta do edíficio Dakota, logo transformado num altar. Milhares levaram flores e acenderam velas, enquanto a maioria não dizia nada, apenas chorava. Alguns cantavam Give Peace a Chance e outras músicas dos Beatles, como All You Need Is Love. Rosas, cravos e velas a entrada escura do Dakota numa oração pela alma do cantor amado por tantos. Muitos faziam comentários, mostraram desalento. “Não acredito que ele tenha morrido, não pode ser verdade” disse um. “Cresci com John Lennon e minha filosofia foi moldada pelos Beatles; tudo que sei de amor ao próximo foi ensinado em seus discos”, acrescentou outro. A polícia, em vão, tentou convencer os fãs a deixarem o local. Pela noite inteira seguiu a vigília, e flores cada vez mais volumosas tomaram toda a esquina da Rua 72 com o Central Park.
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Apesar de os Beatles já estarem separados há anos, quando John Lennon foi assassinado todos imediatamente interromperam suas atividades para prestar homenagens a John Lennon: George Harrison interrompeu uma gravação; Ringo Star interrompeu suas férias e tomou um avião para Nova Iorque; Paul McCartney imediatamente entrou em contato com os amigos e familiares que acompanhavam Yoko Ono oferecendo sua solidariedade. 

Tudo pareceu parar em Nova Iorque. As rádios só tocaram músicas dos Beatles, principalmente as composições de Lennon e McCartney. A presença do presidente recém-eleito Ronald Reagan na cidade foi secundária. Os políticos, com suas mensagens, foram ignorados. Todas as atenções voltaram-se para morte de John Lennon, o mensageiro da boa vontade e da paz.


O Beatle rebelde
John Lennon pode não ter sido, como muitos afirmam, o mais talentoso dos Beatles, mas certamente foi o mais turbulento, compulsivo e irreverente dos quatro. Uma rebeldia que acabou contagiando os outros três e moldando tanto a imagem como o espírito de um grupo que, por sua vez, influenciou a música e o comportamento de toda uma geração. Cerca de dez anos depois da criação dos Beatles, essa mesma turbulência seria uma das principais responsáveis pelo término do grupo e do início da carreira solo do músico, acompanhado por sua mulher, Yoko Ono.
John Lenon e Yoko Ono


Como os outros três, John Lennon nasceu em Liverpool. Segundo consta, durante um bombardeio em 9 de outubro de 1940. A mãe, num instante de ardor patriótico, batizou-o como John Winston Lennon, em homenagem ao primeiro-ministro Winston Churchill. O pai era – como o próprio John diria mais tarde – “um dos sujeitos mais quadrados do mundo” e, neste sentido, John foi o oposto dele. Criado por sua tia, Mimi, Lennon sempre foi um garoto inquieto e extrovertido, cujo interesse pela música veio ao final de seu período escolar: primeiro por uma gaita e, depois, pela guitarra, influência da febre do rock e de nomes como Bill Haley e seus Cometas, Little Richard e Elvis Presley. Em 6 de junho de 1956, Lennon seria apresentado a Paul McCartney dando início à história da maior banda de rock da história e da mais famosa dupla de compositores de todos os tempos. 

– Sempre soube que venceria. E, no dia em que conheci Paul, tive certeza absoluta que mudaríamos os destinos da música – profetizou John, o mais politizado dos Beatles, que estremeceria o mundo não só com seu talento, mas com suas atitudes e protestos em prol de um mundo melhor, mais justo e da mais famosa dupla de compositores de todos os tempos. 

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