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14 de jul. de 2012

A queda da Bastilha

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223 anos atrás: Iniciava o eco do lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade na França. A Bastilha caiu. Luís XVI também, e a Revolução Francesa derrubava a monarquia e o absolutismo. Enfim, no aniversário do evento que marca o início da era contemporânea na divisão tradicional da História, o História Lecionada traz um pouco mais desse fato histórico que ecoou um lindo lema e que por traz dele havia um forte interesse burguês contra o sistema político vigente até 1789 na França.
 


A invasão do povo francês à Bastilha não foi, como muitos imaginam, um movimento de pobres camponeses revoltados com a opressão de um rei tirano e sedentos por liberdade, igualdade e fraternidade. É fato que o Rei Luís XVI não ia muito bem em matéria de popularidade e que o evento que no futuro seria conhecido como Revolução Francesa já estava encaminhado, mas vamos esclarecer como isso aconteceu.
Um belo dia, um jornalista medíocre pensou que seria uma ótima idéia sair correndo pelas ruas de Paris, gritando que as tropas do Rei Luís XVI estavam prestes a executar uma violenta repressão contra a população francesa, já imbuída do espirito revolucionário. Ele sugeria, ainda, que todos pegassem em armas para defender a máxima: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
O povo, que não tinha nada para fazer e nem o pão que o diabo amassou para comer, atendeu ao pedido e partiu para a Bastilha, antigo símbolo de repressão dos monarcas franceses, palco de torturas e execuções, mas que agora era uma prisão para oito sujeitos mal interpretados politicamente e defendida por uma centena de soldados, sendo que a grande maioria era formada por inválidos de guerra. Além disso, a Bastilha também era usada como depósito de pólvora.

A BASTILHA?

Antes de ir para a Bastilha, a massa popular marchou em direção a um antigo hospital que era usado como depósito de armas e lá eles “pegaram emprestado” alguns milhares de fuzis (Na época eram espingardas). Como a construção era apenas um depósito de armas, não encontraram pólvora para todas as armas em quantidade que satisfizesse o ímpeto revolucionário. E onde o rei guardava a pólvora? Na antiga prisão, a Bastilha!

INVASÃO

A turma enfezada e armada rumou para a Bastilha mas, como bons franceses educados, pararam na porta e pediram educadamente: “Sr. Marquês de Launay (O “gerente” da Bastilha), você pode sair daí, abrir a porta e nos dar toda a pólvora do rei?”. De Launay tentou argumentar que era funcionário público e não podia fazer nada, mas sua negociação foi interrompida por um dos guardas que, nervoso (ou apenas entediado), disparou contra a multidão.
A turma enfezada, agora enfurecida, partiu para a porrada, tomou a construção, libertou os presos, saqueou o arsenal e usou do velho (então novo) espírito de liberdade, igualdade e fraternidade, arrastando De Launay pelas ruas de Paris para depois decapitá-lo e marchar com sua cabeça na ponta de uma lança.
Exaltados com a conquista inesperada, a turma enfezada/enfurecida arrasou a Bastilha, tijolo por tijolo, encerrando de vez com o símbolo da opressão e dando o pontapé nos violentos atos que marcariam a participação popular na Revolução Francesa.

CUIDADO COM O SENSO COMUM

O grupo de pobres franceses que destruíram a Bastilha e massacraram De Launay, não era formado por camponeses famintos, mas sim pela burguesia, insatisfeita com o abandono por parte do Rei Luís XVI e pela impossibilidade melhorar de vida. Naquela época, um nobre nascia nobre, você não podia mudar de classe social, então os profissionais liberais como artesãos, marceneiros, padeiros, etc, cresceram em número e queriam exercer o poder que a quantidade assegurava.


Fonte: historica

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