Ah, o carnaval... a festa no Brasil que em muitos lugares é mais importante e mais cultuada que o natal e o ano novo. Feriado prolongado, mulheres bonitas sambando e mostrando toda a sua beleza. Mas e a história dele, você sabe? E a origem? Para os aficcionados pelo carnaval e que enchem o peito para dizer que esta é uma festa brasileira, a resposta é... NÃO!
Ficou curioso? Então acompanhe, neste texto todas as curiosidades da maior festa do país!
O Carnaval está para o Brasil assim como o dia de ação de graças está
para os EUA. Ou seja: é o feriado prolongado mais popular do país. Mas
os brasileiros não podem se gabar de ter criado o Carnaval. As primeiras
festas de Carnaval ocorreram milhares de anos antes de Cristo, quando egípcios, gregos e romanos faziam festas para comemorar as colheitas. Esses povos homenageavam as divindades relacionadas à fertilidade da terra.
Na mitologia egípcia, a deusa Ísis e o touro Ápis, a quem o povo creditava a fertilidade da terra e das margens do rio Nilo, eram saudados com danças e músicas em volta de fogueiras. Na Grécia e em Roma, os homenageados eram Baco (ou Dioniso), da mitologia grega, e seu equivalente romano Saturno em festas chamadas Lupercais, Saturnais, Bacanais ou Dionísias. Ambos eram associados também ao vinho, à transformação, o que explica o tom de folia da celebração, que envolvia músicas, danças, comidas e bebidas, fantasias e orgias, segundo Hiram Araújo, autor do livro “Carnaval – Seis Milênios de História”.
Na mitologia egípcia, a deusa Ísis e o touro Ápis, a quem o povo creditava a fertilidade da terra e das margens do rio Nilo, eram saudados com danças e músicas em volta de fogueiras. Na Grécia e em Roma, os homenageados eram Baco (ou Dioniso), da mitologia grega, e seu equivalente romano Saturno em festas chamadas Lupercais, Saturnais, Bacanais ou Dionísias. Ambos eram associados também ao vinho, à transformação, o que explica o tom de folia da celebração, que envolvia músicas, danças, comidas e bebidas, fantasias e orgias, segundo Hiram Araújo, autor do livro “Carnaval – Seis Milênios de História”.
O
sentido de liberdade é uma marca típica do Carnaval desde essa época, e
foi continuamente reforçado pela disposição das datas no calendário
cristão, em que o Carnaval precede um momento de privação (Quaresma), e
pelos disfarces, que criam um ambiente descontraído e serve como válvula
de escape.
O cantor e compositor brasileiro Chico Buarque traduziu bem esse
espírito na música “Noite dos mascarados”, como mostram os seguintes
versos: “É carnaval, não me diga mais quem é você/ Amanhã tudo volta
ao normal/ Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia
raiar/ Que hoje eu sou da maneira que você me quer/ O que você pedir eu
lhe dou/ Seja você quem for, seja o que Deus quiser”.
Carnaval cristão
Preocupada com as práticas pagãs e os excessos do povo durante as comemorações agrárias, a igreja católica adotou a festa, e, em 590 d.C. criou o Carnaval cristão. O reconhecimento foi feito pelo Papa Gregório 1º, que atrelou o evento ao calendário cristão de forma a não atrapalhar as tradições católicas.
A tradição particularmente ameaçada pelo Carnaval era a Quaresma, um
período de 40 dias em que cristãos fazem jejum de carne para se preparar
espiritualmente para a Páscoa.
Assim, o Carnaval passou a ser comemorado sempre entre o 7º domingo
antes do domingo da Páscoa e a Terça-feira Gorda, assim chamada por ser a
última em que católicos comem carne antes da Quaresma, geralmente
celebrada com banquetes fartos.
Como a páscoa cristã é móvel, ao contrário da judaica (que comemora a
libertação do povo da escravidão do Egito e não a ressurreição de
Cristo), a data do Carnaval também muda todos os anos. A páscoa cai no
primeiro domingo depois do equinócio de outono no hemisfério sul (a
primeira lua cheia depois do dia 20 de março, entre 22 de março a 25 de
abril; o Carnaval, por sua vez, fica sempre entre 3 de fevereiro a 5 de
março.
A partir da segunda metade do século 14, a maioria dos países
europeus desvinculou o Carnaval do calendário eclesiástico e passou a
definir a data de acordo com seus interesses econômicos, turísticos e
climáticos.
Na Renascença, o evento se tornou uma espécie de teatro ambulante, e
foram introduzidas à festa máscaras e fantasias. Os disfarces permitiam
um clima de farsa, onde era possível a inversão simbólica de sexos,
papéis e classes sociais. Surgiram nesse período as figuras do Pierrô,
do Arlequim e da Colombina, algumas das fantasias mais populares na
época, personagens da “Commedia dell’arte”, um estilo teatral popular de
improviso e tom cômico.
Esses personagens foram adotados no fim do século 17 e início do
século 18, quando o Carnaval chegou por aqui trazido pelos portugueses
católicos que chegaram a Porto Alegre (RS) provenientes das Ilhas
Madeira, Açores e Cabo Verde, com o nome de Entrudo.
FONTE: HowStuffWorks
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