Hoje é aniversário da independência do país de Hugo Chávez. Aniversário do feito do semideus venezuelano Símon Bolívar, que deu a Venezuela o título de primeiro país da América do Sul a conquistar a independência da metrópole espanhola.
Bolívar com o feito tornou-se tão adorado que tem quadro seu inclusive na Casa Rosada, central do poder executivo na Argentina. Curiosamente, Bolívar jamais pisou em solo argentino. É tão adorado Bolívar que o nome do país que liderou a independência, a Venezuela, leva seu nome: República Bolivariana da Venezuela.
Sem mais delongas, veja neste dia de festa na Venezuela, como foi a independência da Venezuela e como ele, Bolívar, como Francisco Miranda, tiveram um papel crucial neste feito.
O Congresso venezuelano, composto de representantes de sete províncias e reunido em Caracas, se pronuncia em 5 de julho de 1811 pela independência do país. É com a insistência de dois independentistas, Francisco Miranda e Simon Bolívar, que acabou por definir a decisão do Congresso. A Venezuela seria o primeiro país do continente a conquistar a independência. Entretanto, a guerra contra os colonizadores espanhóis prosseguiria até junho de 1821.
Em 1783, Miranda, o precursor da independência da América hispânica, concebe a ideia de uma América Meridional livre e unida numa só grande nação. Homem de milícias desde cedo, serve ao exército da Espanha, deserta e embarca num navio norte-americano rumo a Havana para fugir da inquisição, condenado por ler e publicar livros que falavam do direito dos povos à liberdade.
Na Espanha, conhecera as ideias de Voltaire, Rousseau, Locke, Montesquieu e outros. Posteriormente participaria nos Estados Unidos da guerra de independência. O próprio presidente John Adams escreveu em suas memórias “não tem nos EUA nem no mundo inteiro, ninguém que conheça melhor e com maior precisão cada uma das batalhas travadas contra a Inglaterra que Francisco de Miranda”.
Com essa experiência, inicia a luta pela libertação da Venezuela. Parte para a Europa a fim de conhecer melhor o inimigo e definir a estratégia. Na França revolucionária, Miranda aperfeiçoa sua destreza comandando unidades do exército francês e de lá escreve para os venezuelanos “Concidadãos, é preciso derrubar esta monstruosa tirania. É preciso que o controle da autoridade pública volte às mãos dos habitantes e nativos.”
Depois de uma tentativa de invasão para libertar a Venezuela, Miranda se encontra com Bolívar, que carregava sobre os ombros a responsabilidade de “dar vida aos moribundos, soltura aos oprimidos e liberdade a todos.” Bolívar, comentando a coroação de Napoleão como imperador diria “Olhei como se fosse uma coisa miserável aquela coroa que Napoleão colocou na cabeça. Mas isto me fez pensar na escravidão do meu país e na glória que caberia a quem o libertasse”.
Em Caracas, já em 1810, Miranda, Bolívar e outros revolucionários, conseguem instaurar uma Junta Patriótica e no dia 03 de julho de 1811 começam os debates: “Que nos importa que Espanha venda a Bonaparte seus escravos ou que os conserve, se estamos dispostos a ser livres?,” dizia Bolívar. “Vacilar agora seria a nossa perdição. Proponho que uma comissão do seio deste corpo leve ao soberano Congresso estes sentimentos”.
Fundação da Venezuela
Em 05 de julho de 1811 selou-se a independência da Venezuela. Nesse dia, os membros da Junta Patriótica convenceram todos os congressistas, menos um, a declarar a Independência da Venezuela do jugo espanhol. Este fato marcou a fundação do Estado Venezuelano.
No entanto, Miranda, que havia recebido o título de Generalíssimo e poderes absolutos para defender a nova pátria, foi derrotado, rendendo-se em São Mateus, em 25 de julho de 1812. Ele morreu no cárcere de La Carraca, na Espanha, em 24 de julho de 1816. Morria também, de forma prematura, a Primeira República.
Bolívar encarregou-se de defender Porto Cabello, mas fracassou e fugiu para Cartagena, de onde escreveu o Manifesto de Cartagena. Conseguiu recursos humanos e materiais para começar a chamada ‘Campanha Admirável’, que se iniciou com a tomada de San Antonio Del Táchira, em 1o. de Março de 1813 e culminou com a entrada triunfal em Caracas em 7 de Agosto de 1813. Era o reconhecimento de Bolívar como grande estadista e estrategista.
Surge uma nova república que controlava todas as províncias menos Guayana e Maracaibo. Bolívar derrota os espanhóis que se haviam refugiado em Porto Cabello. Porém, um caudilho espanhol adepto da monarquia, José Tomás Boves, passa a comandar um poderoso exército. Boves se aproxima de Caracas. A crueldade de Boves era lendária e a população de Caracas migra para o Oriente.
Seguiu-se uma série de batalhas em que não havia um vencedor certo. Em 1817, os independentistas conquistam Guayana e Margarita. Em 24 de junho de 1821, Bolívar derrota Miguel de La Torre na Batalha de Carabobo, consolidando a independência da Venezuela.
Fonte consultada: Terra
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